domingo, 9 de outubro de 2016

#4tempos #artenaprática #oilpastel #staedtler

Olá queridos!

Compartilhando mais uma etapa do #4tempos #artenaprática, agora em vídeo.
Breve trecho do processo de enceramento do pastel oleoso (#staedtler). 
Ao lado a arte finalizada feita em lápis de cor (#faber_castell_brasil).
Abaixo você também pode acompanhar a série de fotos (PAP) da base/cor deste pastel.
Espero que seja útil! 



Começando o trabalho pelas áreas luminosas




Carregando nos laranjas, corais e vermelhos



Trabalhando profundidades e sombras com violetas. E começando a "encerar" pra dar homogeneidade ao pigmento sobre o canson



 É isso! Vamos acabar este que faltam dois! E tem material novo na série.... aguardem!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

#4tempos e o processo

Volta e meia publico uma série de pinturas botânicas 
#4tempos: 4 pinturas do mesmo motivo feitas em 4 técnicas diferentes.
É um exercício maravilhoso! 


Você aumenta seu domínio sobre o uso dos materiais pra conseguir nuances próximas e talz; e precisa dialogar com as particularidades de cada material utilizado. Textura, técnica de aplicação, superfície, muito raciocínio envolvido antes de soltar a mão, e durante nem se fala! 


Quem tiver interesse é só buscar por #4tempos ou seguir no instagram @kalindrah.

Hoje eu resolvi postar a primeira da nova série. E as etapas de velatura/camadas do trabalho.
Geralmente faço do claro para o escuro, mas isso depende da técnica utilizada. A de hoje foi lápis de cor eco da #fabercastell sobre #papelcanson 220g. E antes que alguém pergunte, a foto da paleta.


Vamos começar!?




1ªetapa - luz


Rascunho básico e fui usando o amarelo limão pra definir áreas luminosas, intercalando com o amarelo puro. 

Fiz o centro primeiro pra definir as mesclas de cor que caracterizariam a padronagem básica para toda a pintura.

Se ficasse ruim aqui, eu começaria outra logo no início certo?!




Dá pra acompanhar pelas fotos que desde o princípio eu busco ficar atenta aos atributos da cor que me darão profundidade. Também é possível no lápis trabalhar com rachuras; mas como farei na série um trabalho em aquarela, ficaria muito desigual. 




Seria uma opção bacana pra quem quiser fazer lápis, caneta bic, canetinha hidrocor, giz de cera, pastel oleoso e caracterizar tudo com rachura! #ficadica

Mesmo assim usei as rachuras no princípio pra combinar os diferentes níveis de mistura entre estes amarelos.


2ª etapa - tons medianos

Busquei a maior gama possível de combinações por rachuras e fusão com as camadas anteriores. 

Pigmentar sobre cada tom de amarelo de forma independente, pigmentar sobre os tons reunidos em diferentes proporções e rachuras, pigmentar sobre o branco. E vamos seguindo. 

O lápis aqui foi o laranja.

E partimos pro laranja escuro.

É o mesmo trabalho feito com os amarelos, mas agora com várias camadas (fundo) diferentes. 

Preservei várias áreas de camadas puras de cada amarelo e também da fusão destes. Fiz o mesmo com os dois tons de laranja.

Fui para as folhas do fundo com os laranjas puros, buscando profundidade pelo uso da cor.
3ª parte - vermelhos

Hora de largar a mão sem pena de ser feliz, mas ligada em não "chapar" as tonalidades. Usando o vermelho pra fazer o fundo das áreas sombreadas nas folhas de primeiro plano. E o vermelho escuro para o segundo plano.

É pintar preservando áreas, ranhuras, tonalidades medianas e áreas claras. Vermelho e vermelho escuro foi o dueto da vez.


4ª parte - contraste

a hora que você jura que pode perder horas de trabalho.... mas tem que fazer sem medo de ser feliz! 

Comecei por um "elo de ligação cromático" - uma cor em comum entre os tons quentes e frios - o verde limão!

As pontas foram iluminadas por ele e a mescla aconteceu por gradação no encontro entre tons.

Quanto mais profunda a área, mais escuro o verde.

Não costumo trabalhar com muitas cores... a riqueza vem mais das mesclas que o olhar cria que da infinitude da paleta.


Mais uma vez muitas rachuras, mesclas superficiais, áreas preservadas em verde claro, verde e verde escuro; e agora - a "temida" sombra! 

No vermelho vamos de VERDE! e vice-versa!
No amarelo vamos de CARMIM!
Sim, os opostos são belos e se complementam que é uma maravilha! Obrigadim Monsieur Monet! E todos os saudosos Impressionistas!

E como lápis de cor é uma coisa que às vezes teima em aderir ao papel - e ficam aqueles buraquinhos sem coberturas que estragam a estética do negócio - é pra essas horas que lembramos de FLICTS e seus parentes! Os ocres! De levinho, só pra ajudar o pigmento a fazer o serviço de cobertura...

E é isso! Aguardem os outros 3 tempos.... em aquarela e ...............surpresa, surpresa! rssss

Transbordo

Quando algo exalta, exala, transcende o próprio espaço, é a própria verdade de si além de si mesmo, este é o transbordo.
Da própria verdade e essência, exercitada na prática dia após dia, naquele espaço limitado pela própria mente que mente à favor do ego;

Quando tudo não é mais que nada.

Quando todo objetivo humano
é menor e contemplado em toda sua limitação do que chamamos compreender;

Quando a mente se cala! - o coração transborda.

Mas transborda a essência de tudo que foi cultivado e alimentado pela mente e pelos sentimentos.
Transborda tudo que foi perseguido, tudo que foi alimentado por sua atenção.
Transborda tal qual um parto, um arroto, um abraço de poros e ossos de quem muito esperou.
No transbordo que se plasma a vida!
Este êxtase feito de "um mais de mim mesmo" e que não pode ser retido, represado, que transborda nos olhos, na fala, nos gestos. Aquilo que não tem disfarce, que extrapola os limites que a mente criou e que desmente a própria farsa.

É de um transbordo que se faz a Arte.

Viemos de um transbordo, daquilo que gera uma vida.

Tudo que tem significado, tudo que transcende, que rompe, que extrapola, tudo que comunica alheio as palavras.

A essência do verbo - o transbordo!

*imagem de estandarte realizado por meus alunos do alphabeto CCI <3

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Nanquim - teste de resistência #artenaprática

“Criatividade é permitir-se cometer erros. Arte é saber o que manter." - Scott Adams

Ok, você decidiu encarar o papel e "soltar a mão no pincel".
Todo artista sabe o quanto cada obra, mesmo os estudos mais espontâneos e técnicos podem, por "acaso artístico", gerar aquele resultado que supre uma série de expectativas. Você é dominado pela meditação daquele momento criativo e voilá! Eis um trabalho pra uma vida inteira... SQN!

#fato1 - nem sempre temos os melhores materiais disponíveis para estudos - melhor não é preço; é resposta ao que se pretende e resistência ao tempo. Na mão de quem sabe até borra de café vira material!
#fato2 - geralmente deixamos os materiais mais baratos para os estudos e os mais caros para obras que dedicamos maior empenho; racionalmente é prático e faz sentido, mas no exercício podemos perceber que isto não é suficiente.... o que fazer?
#fato3 - a maioria "cai dentro" dos trabalhos sem ter antes feito testes de material, que geralmente continuam durante a execução do trabalho. Teste, teste mais, teste mais um pouco antes de dar qualquer pincelada que comprometa todo seu trabalho até ali.
#fato4 - então fazemos o quê?

Bom, dentro da lei do "sei q nada sei, mas desconfio de muita coisa" o negócio é brincar de testar muito, aproveitar pra brincar (mesmo!) com o que se tem. Nesta hora o custo dos materiais pode ser um entrave, mas não te impedem de explorar muito o que se tem e te deixar mais apto para aproveitar amplamente os sonhados materiais quando você puder.

Quesito Resposta do material
#ex.1 - borra de café: faça dela uma aquarela. Teste em materiais diferentes: sulfite (vai ondular e esfarelar), papelão poroso, papelão de caixa de congelado, canson em diferentes gramaturas, use pincéis diferentes, escova de dente, faça ranhuras, borras com os dedos... amplie as possibilidades. 
Tem pouco papel? Dá pra fazer 3 a 4 tiras num tamanho A4! Teste diferentes densidades ou pincéis no mesmo papel. Misture a borra com cola, cola e areia, detergente, sal.... veja o que acontece e guarde estas "faixas teste" como biblioteca referencial - anote o que fez atrás: mencione temperatura do dia (sim! importantíssimo!), estação do ano, período do dia, tipo de material, pincel e papel utilizados dentre outros ítens. Faça sempre 2 de cada experimento (adiante vc saberá pq).

#ex.2 - comparativo de materiais: então você tem duas ou mais marcas de aquarela (ou guache, ou lápis de cor...); Faça o teste de pigmentação comparativa!
Dentro do que você pretende, talvez o material mais barato atenda mais sua expectativa cromática/textura que o material mais caro. Já avaliou isto? A hora é esta!
Tem um PAP da Débora Fantini bem explicado de como fazer um estudo de cor no blog http://nocantodamesa.blogspot.com.br/2014/01/estudo-de-cores-aquarela.html

Mais uma vez faça duas tiras (ou folhas) de cada experimento e anote tudo atrás - não esqueça nenhum item, é importante! Repetindo: temperatura do dia, estação do ano, período do dia, tipo de material, pincel e papel utilizados dentre outros ítens. Se possível faça o mesmo teste em folhas, horário do dia e temperaturas diferentes. E aumente sua "biblioteca prática". No caso da aquarela até a água influencia! Mineral, fluoretada, salinizada, impressionante como muda a intensidade do tom, veladura, brilho.... pincel sempre limpo, não esquecer! Portinari escolhia seus alunos avaliando se os pincéis eram limpos adequadamente! xo xp XD

#ex.3 - Finalmente você vai pintar pra valer! Faça uma "brincadeirinha" em outro papel enquanto estiver executando seu trabalho. Esta folha servirá não só pra fazer testes de cor/textura/fusão antes de aplicar na obra, mas pra fazer o TESTE DE RESISTÊNCIA (lembram das 2 folhas? o mistério termina agora! rssss)




Fui brincar com nanquim da acrilex...

Ficha Técnica (aqueles ítens pra anotar atrás do trabalho)

  • estudo de perspectiva atmosférica
  • Julho 2016 - inverno - período tarde
  • temperatura 19graus
  • nanquim acrilex azul e verde s/canson 180gr
  • veículo água comum
  • pincel pictore tigre 14 448

Continuei no dia seguinte...

Ficha Técnica 

  • estudo botânico, brilho, transparência e veladura
  • Julho 2016 - inverno - período manhã
  • temperatura 22graus
  • nanquim acrilex azul e verde s/canson 180gr
  • veículo água comum
  • pincel condor 12 427

TESTE DE RESISTÊNCIA 
Fiz esta "brincadeira" enquanto pintei o primeiro trabalho. 
Objetivo: expor à luz pra saber a resistência do trabalho e indicar este cuidado futuramente atrás dos trabalhos que eu queira conservar ;) ou até mesmo usar como recurso! Viu que a luz provocou uma ilusória "neblina" entre as montanhas... algo que, seu fosse fazer no pincel talvez não resultasse a mesma suavidade e homogeneidade. Do lado esquerdo a luz da tarde desbotou a tinta bem mais que a luz da manhã. Basta você "eclipsar" as áreas de referência para comparação (eu coloquei tiras do mesmo papel sobre o trabalho).

Ficha Técnica 

  • RESISTÊNCIA LUMINOSIDADE
  • estudo de perspectiva atmosférica em turquesa
  • Julho 2016 - inverno - período tarde
  • temperatura execução 19graus
  • nanquim acrilex azul e verde s/canson 180gr
  • veículo água comum
  • pincel pictore tigre 14 448
  • ESQUERDA - 7 dias - luminosidade tarde
  • DIREITA - 7 dias - luminosidade manhã

  • 3 dias de sol pleno e 4 nublados - temp. entre 15 e 23graus
  • áreas íntegras eclipsadas por canson 180gr
#então.... é isso! Com o tempo você terá uma biblioteca visual de referência daquelas, e já vai saber o que acontece com a tinta antes de botar o pincel no papel! A questão da temperatura influencia decisivamente na qualidade de uma aguada uniforme, por exemplo, ou na intensidade de cores escuras (que ficam menos vibrantes). A hora do dia é bom pra você mapear que habilidades suas são mais eficientes em qual horário ;)
Está em busca de determinado efeito ou cor em seu trabalho? Consulte sua biblioteca!
Espero ter colaborado em seus estudos! E quem puder trocar figurinhas, serão sempre bem-vindas!

domingo, 3 de julho de 2016

A Contemplação na Arte #artenaprática


O primeiro “exercício” artístico consiste em acordar a sensibilidade.

Não somente o olhar, mas a percepção desta experiência. É olhar (ou ouvir, cheirar, tocar, provar) até sentir em si a ausência de palavras que poderiam descrever o que é percebido. Pausar o tempo, refrear o próprio ar que nos anima, alcançar com uma ação a pureza de estar presente.
Assim é o artista antes de tudo, um sentir sem freio, sem espaço-tempo. E que fervorosamente ou displicentemente tenta captar e comunicar com alguma linguagem a própria experiência.

Nesta obra “Luz da rua” de Giacomo Balla - 1909, veja como algo óbvio pode ser sublimado quando percebido integralmente.

A contemplação faz o artista captar e transmitir as suaves cintilações da luz. A imagem rapta nossos olhos e nossas breves ou ausentes experiências contemplativas. 
Percebemos o quanto perdemos ao não observar este óbvio que agora nos é tão querido. Somos enlevados.



E existem os mestres! Aqueles que extrapolam a própria experiência e transbordam num paroxismo que, aliado a técnica, nos raptam os sentidos e reverberam mundos dentro de nós.







Não há quem não repouse nas plácidas águas das “Ninféias” de Monet,




quem não fique enamorado pelo “Céu Estrelado” de Van Gogh,



quem não seja arrebatado pelo “Beijo” de Rodin


ou pelas simples mas monumentais linhas das construções de Niemeyer.



Contemplar as músicas atemporais, os sabores de várias culturas, a poesia e a prosa, o estar pleno e entregue quando em contato com a natureza, com a gargalhada de uma criança. Viva o presente em contemplação!


"Contemplar é a meditação do próprio silêncio." - Carla Kalindrah

Contemplação #almadeartista

O que é a contemplação senão o estado maior de ver todas as coisas.
Sentir o que é visto.


Contemplar é olhar como se na visão houvesse poros, tato, olfato, paladar; e realmente há.
Este estado maior é o transbordo do sentir, do perceber, do vivenciar o espelho da vida.

É ver o melhor.

Captar num passeio pelo externo o que existe de melhor no próprio mundo interno.

Contemplar é a meditação do próprio silêncio.


Carla Kalindrah – julho/2016

Existência #almadeartista

Vim ao mundo como quem nasce, como todo mundo, qualquer coisa, qualquer um. Nada especial, nada melhor que ninguém.

Desses olhos que passaram a enxergar todo o mundo visível, e seguiram-se poros, narinas, ouvidos, fui seguindo experimentando o mundo e, em muitas coisas meu coração captou ressonâncias, como um sino que provoca reverberações no ar, como música que arrepia os sentidos.
E a vida passa a ser um reproduzir das melhores sensações afetivas. Olhos, boca, ouvidos, narinas, poros, intuição e sonhos continuam sua busca pelo êxtase que por instantes purga todo o mal, que transforma as pequenezas do dia-a-dia num ninho de mesquinharias que não merecem sua atenção.
A trajetória humana passa a ser este captar, este ver, perceber, recolher, comparar, selecionar, assimilar, ressonar.
De tanto fazê-lo, e de quando em quando (e quando não se perde pelo caminho), esta coleta estende-se por se ter rompido os limites; ou por se ter extrapolado a errônea noção de espaço.

Você se lança, se desprende neste espaço tempo onde tudo contempla.

Mas a vida é um desfile de pequenezas, alimentado por tantos pequeninos que nelas acreditam, que delas se alimentam e, por não saciarem a própria fome – por motivos óbvios – repetem sua receita cada vez mais alto a ponto de alcançar o silêncio do mundo.
Mas quem se embevece do luar até pode ser perturbado por tanto ruído. Cai nestas agruras, emaranha-se neste ninho, mas o coração também grita as próprias delicadezas.

A existência se faz destas escolhas entre o sublime e o tacanho, do tilintar da mente e do ressoar do universo. Uma pintura feita de luz e sombra. Talvez uma busca pelo próprio paroxismo, a transcendência.

O mundo em mim e apenas o meu olhar sobre o mundo.


Carla Kalindrah – julho/2016

terça-feira, 28 de junho de 2016

Moldura #artenaprática

“Eu quase que nada não sei.... mas desconfio de muita coisa!”
– Guimarães Rosa em “Grande Sertão Veredas”

Pra começar este #artenaprática vamos falar um pouquinho da moldura....

Ter ou não ter, eis a questão – na verdade várias – a começar pelo preço! Sim senhorxs, moldura também é arte quando bem feita e pensada e faz parte da composição harmônica; tem que estar sem destoar, sem chamar atenção sobre si, sem pesar e – NÃO! – não é “pra combinar com a decoração”. Isto tem preço.

Na dúvida sou do tipo que deixa sem ou quase. Sem ela o quadro “respira”, dialoga com as paredes sem limites definidos por nada que não seja a própria obra; para o quase existe a opção dos “sanduíches de vidro”, com molduras geralmente finas e discretas e sem uso de paspatur (passe-partout *borda em torno do quadro). A própria parede faz este papel: pode-se centralizar a obra no vidro e deixar uma boa sobra até a moldura.

#fato1:  a obra sempre vai dialogar com o entorno, então, é bom que esta fala seja harmoniosa. Na dúvida deixe que a obra prevaleça.
#fato2: se a obra for incrível, a moldura deve ficar em segundo plano mesmo. As Ninféias de Monet que o digam! Diante daquele monumento nada mais é preciso.
#fato3: pense em adjetivos: composição apoteótica/histórica, moldura idem (vide Victor Meirelles); composição minimalista, moldura idem (vide Tomie Ohtake, geralmente sem moldura); composições populares, cores idem na moldura; composições em preto e branco costumam ficar muito bem em molduras pretas; orientais em dourado, prata ou branco; barrocas em ouro velho e bronze. Mas nada disto é norma, há que se ter sensibilidade.
#fato4: moldura fina não quer dizer que não chame atenção. A cor é muito mais definitiva que a espessura. Detalhes e paspatur também devem ser avaliados. Pesquise imagens, harmonize com alguma tonalidade da obra – isto inclui o BRANCO. E resolva o diálogo com a cor da parede.
#fato5: a relação da moldura é com a obra. Você pode e deve ter molduras diferentes se o acervo for eclético. Não tem que colocar a mesma moldura/cor para todos os quadros, a não ser como recurso para destacar uma coleção com obras de um mesmo artista.

comparativo simples com a mesma obra. fonte: site casa da moldura

Enfim, o máximo do aspecto prático: PROTEÇÃO. Não permita que nenhuma pintura fique exposta ao sol ou incidência direta de luz, mesmo que por reflexo. Ela desbota. No calor excessivo craquela. Na umidade gera mofo. Limpe tudo sempre com pano seco. Pinturas a óleo e acrílicas são bem limpas com saliva – pasmem – não inventaram nada melhor. 
Anseio pelo dia que os artistas deixarão indicações no verso, igual roupa tem na etiqueta!
O paspatur também cumpre a função de deixar uma área de respiro fundamental entre o vidro e a obra e não deixa gerar aderência, principalmente para materiais que tenham óleo na composição (pastéis, tintas base óleo, serigrafias, linóleo, xilogravuras em graxa).


Gostou? Opine, acrescente sua experiência, compartilhe.

Arte na Prática

“Eu quase que nada não sei.... mas desconfio de muita coisa!”
– Guimarães Rosa em “Grande Sertão Veredas”



Digamos que a arte que eu realizo baste por si para mim. E somente.
O ato da realização artística – o processo, o acaso, a busca compositiva, as relações cromáticas e luminosas, enfim, este mergulho – por si só já justifica este tempo que, para muitos contemporâneos, “não é útil”.
Vivemos em um tempo comandado por utilidades (!?) onde cada vez mais não se tem tempo pra saber “quanto tempo o tempo tem”. Tempo pra viver, pra contemplar, pra respirar beleza, suspirar sonhos, encher o peito de sonoridades e deixar espaço para a alma.

Dentro de tanta modernidade, o pensamento continua 2D pra maioria..... raso, sem sombras, de contraste falho e  superficial.
Quem sabe com estas linhas mais alguém alcance a “pseudo utilidade” da Arte, já que existe esta sanha de dar utilidade pra tudo.

E na ingênua tentativa de dar alguma contribuição ao campo artístico, ainda que minha Arte não contemple por si tal intento, compartilharei as pesquisas e reflexões que poderiam estender este fazer para tantos talentos.

São mesclas, sistemas de catalogação, reações cromáticas com clima, salinidade e solaridade, testes de materiais, tanta coisa que interfere no fazer e no manter aquilo em que depositamos tanto carinho, tanta energia. E gostaria muito de compartilhar e trocar figurinhas com quem também se dedica a esta parte do fazer artístico. Vamos juntos?

Postagem em destaque

#4tempos e #5tempos - botânica

Olá pra você que está pesquisando técnicas artísticas na rede. Compartilhar o que a gente sabe (e tudo que vamos descobrindo pelo cami...