quarta-feira, 8 de março de 2017

OroborO #almadeartista

Existe uma imagem que, entre muitas coisas, representa a completude. 
Esta imagem é o OroborO.

Gosto de escrever assim, começando e terminando com maiúsculas, pois a palavra OroborO é um palíndromo (a gente lê igual de trás pra frente). 
O nome da imagem é como a própria imagem: randômica, infinita, cíclica.

Dependendo da cultura é uma serpente ou um dragão que morde a própria cauda; São os extremos que se tocam e se harmonizam!

Realizei este trabalho depois de um texto que fiz. 
Compartilho agora ambos com vocês. 
Da série #almadeartista

Carta ao OroborO

E se eu disser que você é o Sol?!
Forte, imenso, glorioso, a iluminar tudo e todos indistintamente....

Solar é o ser que se permite ser, sem reservas, sem preocupações com as críticas externas.

E se você, com sua capacidade solar de fazer vibrar e ressoar os próprios atributos, transcendendo a própria aparente pequeneza, pudesse solarizar um único sorriso, um único coração?

Ah sim, o Sol é imenso, supremo, absoluto!
Mas é apenas mais um Sol entre tantos no Universo. E em que isto diminui sua grandeza, sua importância, sua verdade?!

Seja Estrela a ladrilhar o céu, que tantas vezes deu alento a quem já não tinha esperança.
Se não Estrela, a Flor. que desabrocha sem murmúrios mesmo onde mais inóspito for, pois é sua essência, seu motivo de ser "seja como flor".

Se não Flor, a Pedra e toda sua imobilidade, aspereza, dureza, que permite que até o mais rijo material seja cortado com precisão.

Como "apenas ser" pode ser tão poderoso!

Único em meio a tantos pares. 
Sagrado em meio ao tanto de mundo que se esquece do primordial da vida.
Ser no silêncio de quem escuta a própria alma em meio aos murmúrios do mundo.

Que este Sol que me foi posto no peito deixe claras e densas as sombras que preciso reconhecer e apaziguar. Pois me calar é desencantar um mundo que me esperou dizer a que vim, assim como qualquer um, único.

Se celebramos cada bebê nascido reconhecemos no âmago cada ser como especial. Choramos na morte o que não foi vivido.

Diga a que veio, celebre o que és, retire de si todos os calos dos acontecimentos. Supere-se no alto pódio da própria realização.
Lá não existe culpa, ou solidão, ou frio.
Lá é o tempo do Agora, onde o passado não assombra, onde o futuro não paralisa.

Sim serpente, morda a própria cauda no Sempre visto que nada ficará entre mim e o Presente que trouxe e compartilho.

Tenho em mim sonhos que encantam palavras e inflam corações de luz.

Carla Kalindrah - 16/08/2016



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