A questão é - você não celebra a vida! Celebrar é relaxar, é deixar fluir, é se abrir e ver no que dá.
Celebrar não é coisa de celebridade, não é uma ode a futilidade, não é ócio; ao contrário: é produtivo, é vital; são sopros de vida no dia-a-dia que às vezes é feito só de sobrevivência. E a gente está aqui pra viver. Ou é só pra sobreviver?!
Celebrar é AMAR, sobretudo AMAR A VIDA. É o momento em que a gente se livra do peso, do cansaço, da culpa. É um momento em que você afirma pra você mesmo: eu sou feliz! E aí simplesmente aceita e curte um Sol, ou toca violão, ou beija na boca, ou encontra os amigos. Faz aquilo que te faz feliz. E isto não se faz sozinho.
Celebrar é compartilhar. É olhar para os outros e com os olhos, os poros e a respiração dizer: nossa! Você viu? Estamos vivos! Podemos ser felizes.
Então, se a inspiração vier, você vai ser feliz escrevendo no ônibus. Você não vai deixar a inspiração passar. Vai ligar quando der saudade. Vai comer bolo sem ser aniversário. Vai dar presente sem data especial. Vai dizer eu te amo pq lembrou que ama.
É lógico que a vida não é só feita disto. Mas também não há, neste universo dual, amor sem dor, apreço sem desprezo, sagrado sem profano, trabalho sem descanso. Então que eu me entregue inteiro a ambos, na proporção que minha alma revelar ser saudável pq o raciocínio, sobre isto, é muito ignorante pra dar a última palavra.
Não é só viver do pão. Não é só viver para o queijo.
Não é só amor (sim, o amor é muita coisa, mas só DEUS É TUDO).
Há que se ter paixão pelo mundo, pela vida. pelo trabalho, pelas pessoas. Paixão é a energia que faz o amor fluir. O amor é o ar, é o mar, é o rio. A paixão é o vento, a maré, a correnteza. O amor é, a paixão está, e a vida não é só feita de permanência: é fluxo, é constância, mas é também transformação.
Celebrar! No mais e sem isso fica só isso; ainda que seja AMOR.
Cada ser, um Universo particular... mas se a gente compartilha a "própria bolha", vira uma céu de bolhas de sabão, até pq a vida é assim mesmo, efêmera, linda e com possibilidades de refletir todas as cores do céu! Na minha bolha tem ARTE e isto se reflete em tudo: trabalho, símbolos ancestrais, mitos e histórias e um jeito próprio de entender o mundo... quem sabe a gente troca figurinha e se entende?!
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Gente espaçosa!
Esta noite tinha um "totó-bebê" que latia sem parar! E neste meu momento reflexão pensei no primeiro sentimento, que lembra aquela letra do cancioneiro infantil: "cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal, cala-boca cachorrinho, deixa eu dormir em paz!".
Ser humano é bicho folgado não!?
Já não bastasse invadirmos o mundo, tomarmos à força os ecossistemas mais remotos, pilharmos, destruirmos, castrarmos, "domesticarmos", não somos sensíveis o suficiente pra perceber o sofrimento deste pequenino... só pensamos que temos que trabalhar no dia seguinte, que estamos cansados deste mundo cheio de ego, de sentimentos cheios de automatismos.
E quando choram os nossos bebês? Os outros humanos agem diferente de quando são os ganidos de um cãozinho? Não tem aí algo de profundo significado que merece nosso "fone reflexão"?!
Mudar a letra de uma música infantil é simplesmente um ato "politicamente correto". Mas se a mudança partir de onde realmente interessa - do coração em consonância com a mente, da palavra em consonância com a ação - aí realmente a coisa acontece.
Não precisamos mais de críticas, auto-afirmações e outras "guloseimas de ego" que engordam o pior de nós. Precisamos sacar os nossos "fones reflexão" e repensarmos os automatismos culturais, os padrões de comportamento que não cabem mais neste mundo melhor que tanto queremos. Será que este gesto tão simples é utopia?
Não! Afinal não é tão simples a afirmação de Paulo Freire:
Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.Hoje é mais um dia em que no meu "fone reflexão" vai tocar a melô da educação, viva, reflexiva, real e sensata. E você, em que rádio vai sintonizar?
Muito barulho por nada!
O mundo hoje é tão barulhento! São ruídos externos, internos; Shakespeare "cantou a pedra" a muito tempo: é "Muito barulho por nada".
Tem gente que não dorme pq não pára de pensar! Queremos sentar pra escrever, estudar, pensar e vai vizinho fazer barulho, obra, trânsito, som alto, cachorro que late, gato que mia, o que só aumenta nosso barulho interno que se revela na forma de irritação, prostração, e um sentimento de "derrota" de toda energia gasta com nada!
Já são tantas coisas pra fazer em um tempo que parece só encolher, cobranças e autocobranças. O "dolce far niente" italiano bate de frente com o "workaholic" neo-liberal e globalizado. O que é saudável? O que é objetivo? O que é viver?
E neste barulho todo, que hora se tem pra refletir? Quando meditar - atividade livre com custo zero - passa a ser luxo! Absurdo não?! Tão absurdo quanto os ipods cada vez menores e os fones cada vez maiores; traduzindo: necessidade de voltar ao mundo interno, de ter tempo pra si, de ter tempo de ser suas próprias escolhas, sem interferências externas, aqui resumidas às escolhas musicais....
Temos reflexões a fazer, concordam?
Quem tem um fone bem grande aí?! rsss
O que são três anos?
Três anos....
Mais de mil dias vividos que não compartilhei por aqui....
Dias cheios, de muitas reflexões, ocupações, criações, ponderações... é... três anos!
Uma faculdade no meio de tudo, no meio de uma obra, no meio de uma vida com muito trabalho e de uma família, não necessariamente nesta ordem.
Mas enfim, voltei! E teremos que atualizar muita coisa nesta vida de multifunções que vive repleta de novidade e de muitas reflexões.
Este blog destina-se a compartilhar - e somente, não mais. Algo que serviu pra mim, que me aconteceu, que pode ser válido pra vc que procura mudanças, novidades, sonhos, palavras. Pra você que como eu busca por respostas, por inspirações, por apoio; mas que antes de tudo tem por opção viver plenamente, tentando, acertando, errando, refletindo, ressignificando, tentando novamente, e compartilhando.
Gratidão por você que lê com carinho e de coração aberto estas palavras e as postagens que, aqui do outro lado, também brotam de um coração que bate como o seu, ora rapidinho, ora apertadinho, ora em plena expansão! E nestes momentos escrevo, pois é na expansão que ecoamos os muitos anos de lucubração, de "dever de casa"... precisei deste tempo pois precisava saber mais de mim, do meu melhor, até pra compartilhar com você!
Retomamos! grande bj!
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